AnimeSphere Resenhas 55: Filme Jujutsu Kaisen 0

Olá, ouvintes e leitores! Tudo bem com vocês?

E hoje segurem… A Hita vem mais empolgada do que nunca!! Falaremos de…

Ficha Técnica

Nome: Jujutsu Kaisen 0: O Filme

Tipo: Filme
Fonte: Mangá
Exibido a partir de: 24/12/21 no Japão, 28/04/22 no Brasil
Presente no Brasil? Sim, veja neste post onde é melhor pra você.

Sinopse

Yuuta Okkotsu é obsediado por sua amiga de infância Rika, que morreu em um trágico acidente de trânsito. Ela impede que os outros se aproximem dele. Incapaz de controlar o comportamento dela, Yuuta é capturado por feiticeiros Jujutsu. Aproveitando-se disso, ele pede aos seus captores para ficar isolado do resto do mundo.

Mesmo assim, seu captor, o mestre feiticeiro Satoru Gojou, tem planos diferentes para ele: Gojou o levará ao instituto de Ensino de Artes para controlar Rika para ajudar os outros. Ao lado de Maki Zenin (uma especialista em objetos amaldiçoados), Toge Inumaki (que usa suas palavras como armas) e Panda (bom, é um urso panda falante).

É a partir daí Yuuta encontra um lugar em que se sente confortável. A partir daí é quando ele aprende que os perigos do mundo de Jujutsu vão bem além dos espíritos amaldiçoados.
(Tradução Livre do MyAnimeList).

Opinião

O filme de Jujutsu Kaisen 0 legendado e foi muito legal.

Um ano antes de lançarem Jujutsu Kaisen no Japão, o autor Gege Akutami já tinha escrito uma história curta em 4 capítulos que se passava no cenário. Esse volume foi posteriormente renomeado de Volume 0.

Nele conhecemos Yuta Okkotsu, um menino que está amaldiçoado pelo espírito da menina que ele gostava quando era criancinha, e esse espírito, Rika, ataca todo mundo que se aproxima do Yuta.

A história do filme segue como o mangá. De uma forma muito positiva. Existem animes que usam o mangá como storyboard, mas o diretor Park, desde a primeira temporada do anime, mostra ter uma noção muito clara dos limites que a mídia de mangá possui. O mangá tem 4 capítulos e o filme passou uma sensação episódica boa, sem ficar enrijecido.

Sendo assim, as lutas e as coreografias no filme têm um escopo muito maior, você consegue reconhecer claramente as silhuetas e a ação-reação de cada ator em cena.

A luta do Satoru contra o Miguel, em específico, é expandida em relação ao mangá e você adquire uma perspectiva diferente de como ele atua no cenário. Satoru Gojo pode ser onipotente, mas ele não é onipresente. E os vilões exploram isso. Também incluíram algumas cenas de luta com personagens que apareceram na primeira temporada do anime, como o Nanami e os alunos de Kyoto.

O roteiro do mangá é cheio de conversas que faltam contexto e de explicações que você não sabe se entendeu. Não só no volume 0, o mangá inteiro tem isso. A explicação do poder do Yuta acontece lá pra mais do capitulo 170 do mangá. Isso constrói uma narrativa que, numa primeira vez que você consome, te permite se conectar com os personagens e com o micro de cada cena. Mas que numa releitura faz com que você entenda o macro. Particularmente eu gostei mais de reler Jujutsu do que ler pela primeira vez. E a cada vez que eu releio eu gosto mais.

Então eu estava assistindo ao filme na privilegiada posição de quem já leu a história muitas vezes.

E as emoções que eu senti foram diferentes das dos meus amigos que não conheciam o volume 0.

Quando a Maki e o Yuta são engolidos pela maldição na escola eu sabia o que isso significava, o perigo que ela corria. Quando o Inumaki faz o highfive e fica no ar eu sabia que ele estava sendo legal.

E, acima de tudo, lendo o mangá depois do capítulo 64, eu SEI quem é Suguru Getou. E eu sei da amizade que ele e o Satoru tinham.

O Getou é um personagem que o filme monta de forma magistral. Ele tem nojo de seres humanos e ele trata humanos de forma horrível, mas você ainda compra o carisma dele. Fica claro que tem algo por trás. E fica claro que o Satoru mata ele no final. Que Satoru Gojo matou o melhor e único amigo que ele já teve. A cena dessa morte teve um peso que eu gostei.

Mas é aquelas né? Sem corpo sem morte? O mangá ainda não deixou claro se essa regra é válida ou não. Estamos aguardando a resposta até agora.

Voltando à estética. As texturas de Jujutsu me agradam muito. Os cenários sempre são pé no chão, e te dão noção de espaço e de contexto. Os personagens têm expressões faciais claras e de fácil leitura, porque não dá pra perder tempo explicando sentimento. Todas as explicações têm que ser sobre poderzinho. E as maldições e técnicas amaldiçoadas tem aquela textura parecendo pinceladas grossas.

Sobre as explicações… eu vou fazer um post nas minhas redes sociais explicando os poderes do Satoru. Aguardem.

Sobre as mortes do filme, uma amiga ficou muito surpresa. E eu gostei disso.

Eu também achei excelente um detalhe das cenas pós-créditos. É uma cena que se passa num país africano. E, conhecendo mangás num geral, é costume chamar tudo de África. Mas fui felizmente surpreendida quando reiteram que é no Quênia. Palmas para os envolvidos.

Outra coisa esquisita foi que numa parte em que o Yuta fala algo que poderia ser traduzido como “caralho/caramba” a legenda optou por usar “catapimbas” e isso quebrou um pouco todo mundo que estava assistindo. Um amigo até falou que nem sabia o que tinha sido dito originalmente e que podia ser catapimbas mesmo, mas ele falou isso sem conseguir manter o rosto sério.

Não é um filme engraçado, mas as piadas fizeram as pessoas rirem. Então ótimo. No entanto, catapimbas não era um desses momentos.

Outra coisa que eu gostei foi da trilha sonora. Vou buscar ela depois para escutar.

No final, o que esse filme fez foi me hypar e me deixar empolgada com a próxima temporada do anime. Sempre que eu falo para as pessoas lerem Jujutsu Kaisen eu falo para lerem o volume 0 entre os capítulos 64 e 65. É o melhor ponto. Porque você vê aonde chegou Suguro Getou. Seguido imediatamente da saga Hidden Inventory (que eu carinhosamente chamo de Gojo Gaiden) mostrando de onde Suguru Getou veio. E me deleita o coração o filme ter feito isso também. Poderei falar para todo mundo “vê na ordem que saiu: season 1, filme depois season 2.”. Vai ser ótimo.

Sobre a história do filme em si, ela é bem fechadinha, você tem os personagens e os conflitos e ela acaba bem. A única abertura esquisita é a cena no Quênia, mas ela também faz parte. A capa de um dos capítulos de Jujutsu é um Baobá, afinal.

Quem quiser ler o mangá ele foi relançado recentemente, então é fácil de achar, lançado no Brasil pela Planet Mangá da Panini, é um volume só o que é bem vantajoso.

Esse filme é perfeito para aqueles amigos que não sabem se assistem Jujutsu, pois não sabem se vão gostar. Veja o filme e decida depois. E venha me contar qual é seu personagem favorito do filme! A minha é a Rika.

Foi muito bom ver esse filme com os amigos. Recomendo muito. Vou levar minha mãe pra ver.

Fontes

NerdSite, onde você pode assistir o filme

MyAnimeList, sobre o filme. Em inglês.

Um grande abraço e até a próxima resenha!!