AnimeSphere Resenhas 44: Otoyomegatari

Olá, ouvintes e leitores! Tudo bem com vocês?


Hoje temos uma sequência de duas resenhas seguidas da Hita. Falaremos hoje de…

Ficha Técnica

Nome: Otoyomegatari: A Bride’s Story

Tipo: Mangá
Fonte: Original
Volumes: 12, o 13º. está em andamento.
Capítulos: 90

Publicado desde 10/2008
Gêneros: Drama, Histórico, Romance
Editora Original: Harta (Enterbrain!)
Editora Brasileira: Não há
História e arte: Kaoru Mori

Sinopse

É o séc. XIX em uma vila tribal perto do Mar Cáspio, na Ásia Central. Pessoas vivem vidas simples na Rota da Seda, acreditando em suas tradições e costumes, como fazem há gerações.

Amir Hagal é uma bela mulher de 20 anos, hábil arqueira, caçadora e cavaleira. Ela vem de uma vila distante para um casamento arranjado com o charmoso garoto Karluk Eihon de 12 anos.

Devido à sua grande diferença de idade, a relação deles é inicialmente desconfortável, porém as suas interações diárias fazem crescer sentimentos de amor e respeito, que fortalecem seus laços.

A história acompanha a vida diária e as dificuldades de Amir e Karluk e de outros casais da Ásia Central em uma bela representação das culturas e tradições das noivas daquela era.
(Tradução Livre feita do Portal MyAnimeList pela Hita).

Minha Opinião

Otoyomegatari me atraiu por conta do desenho, as tapeçarias persas detalhadamente desenhadas, e as pessoas comendo e partindo pão, criando animais e bordando o enxoval de casamento.

Aos poucos fui percebendo o quão cuidadosa foi a pesquisa sobre as culturas do oriente médio da rota da seda no começo do séc. XIX e as diferenças das culturas da região. Culturas nômades e sedentárias, e como esses conflitos refletem na vida comum, e não nos grandes conflitos da história mundial.

Dado este cenário, Otoyomegatari vai contando as histórias de mulheres e como tais mulheres encaram amor e casamento, começando com a Amir, nômade de 20 anos, se casando com o Karluk, de 12. Mostrando a relação deles, conhecendo as famílias deles e os costumes deles, que moram numa cidade.

Por acaso, no casamento, tem um homem inglês que está registrando coisas que ele vai aprendendo ao fazer a Rota da Seda e, quando ele deixa a vila de Amir e Karluk, você vai acompanhando o Henry e conhecendo outros lugares, e outras culturas.

E então vai sendo construído uma série de histórias de casamento e mulheres que são felizes em circunstâncias diferentes.

O Contexto Cultural

O contexto cultural é importante, porque inclusive, há quem discuta que a relação da Amir com o Karluk é pedofilia. Mas, no caso, o mangá não exalta ou sexualiza o corpo infantil de nenhuma forma e os personagens estão esperando a maturidade do menino para consumar o casamento.

Existem cenas sensuais com outros personagens, mas não existem cenas sexuais. Existe uma normalização do casamento e do corpo. Mulheres tomam banho e socializam nos banhos públicos, então a autora mostrou um pouco como poderiam ser esses banhos. É tudo tratado de forma madura, nesse aspecto.

Em outros aspectos a personalidade dos personagens é cativante. Você ri quando aparece uma velha senhora sentada num pequeno bode montanhês. E não é por ser realista, mas é aquela imagem que você guarda da avó da vila.

É um mangá muito singelo e bonito, e concordar com isso não é uma questão de gosto.

No Brasil

Não há publicação no Brasil.

O Anime

Não foi adaptado para anime.

A Autora

Ela começou lançando doujinshi. Por causa deles, ela conseguiu um contrato com a editora Enterbrain! para publicar “Emma” na revista Comic Bean em 2002, sendo esse seu primeiro trabalho como mangaká.

Seus trabalhos:
“Emma”: 2002 – 2006 (5 volumes, 52 capítulos);
“Emma Bangaihen”: 2006 – 2008 (3 volumes, 20 capítulos);
“Shirley” (1 volume, 5 capítulos, e os extras que inclui “Mary Banks” e “Boku to Nelly to Aru Hi no Gogo”);
“Shirley Medison”: Desde 2006 (7 capítulos, ainda em produção, lançamentos esporádicos);
“Otoyomegatari”: Desde 2008 (a obra desta resenha).

Conclusão

É um mangá com histórias de amor fora da norma, mesmo sendo sobre mulheres casando com homens, pois são fora do nosso contexto cultural. Além de ser “maravilindo”.

Fontes

Página Fandom de Otoyomegatari (em inglês)

Mangá

Primeiro Capítulo do Mangá

MyAnimeList (em inglês)

Mangá

Wikipedia (em inglês)

Sobre a Revista Harta

Wikipedia (em Português)

Sobre a mangaká, Kaoru Mori

Um grande abraço e até a próxima resenha!!